segunda-feira, 24 de maio de 2010

Chuva Numa Tarde De Primavera


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Sente o que já sentiste, sente o que já mentiste, sente o que nunca pediste, sente....
sente a falta e sente a soberba e meia, solta-te de ti mas não desta teia.
onde chegaste então? à memória de onde tudo o que dizias não parecia um palavrão,

hoje de palavra a mais o mouco passou a rouco,
a música das palavras mudas são o pó das paginas desfolhadas de uma esquecida história...
esta escolha do ficar leva-nos tudo mas tudo leva-nos a ficar na escolha de tão viva memória...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Se o homem consegue ver o grão da areia em vez do areal,
Se o homem consegue ver a pétala em vez da flor,
Se o homem consegue ver a estrela cadente em vez do céu estrelado,
Se o homem consegue ver o salpico em vez do riacho,
Se ele foi abençoado com o dom de reparar,que demência o faz só para ela olhar?
Talvez porque viu nela algo que ela própria nunca reparou...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Carta Aberta a quem de direito:

Eu não quero saber qual é o carro que tu conduzes,
se conheces alguém que conhece alguém,
Muito menos onde vives,
se as tuas roupas são o sucesso da estação,
Eu não quero saber o limite do teu cartão,
Se vives ou sobrevives
Se és da lista-A lista-B ou lista-de-Ninguém,
Nem quero saber se ao passares os homens tu seduzes.

Quero saber se gostas infinitamente de palmilhar as ruas,
se te conheces e aonde te conheceste,
e em que casa tu hoje te revives,
se na do teu ser ou aonde vives,
se sentes que se calhar já amadureceste,
E se já aprendeste o valor da partilha dessa
s palavras tuas.


Eu só quero realmente saber das palavras que brotam da tua mente,
Elas serão sempre o que tu realmente possuirás ,
Elas serão sempre o ultimo reduto onde habitarás.
E de todos os investimentos este será de todos o teu mais consciente.
E foram elas as únicas coisas que não me deixaram esquecer de tí.

Não foram os teus ossos e a tua pele que me fizeram gostar de tí.
Não nego a beleza da capa do livro mas o prazer estará na leitura,
eu não me apaixonei por as tuas belas camuflagens
eu não me apaixonei por os sítios das tuas viagens
nem foi a lembrança que alguma vez me trouxeste que perdura.


Eu não me apaixonarei por mais nada a não ser as palavras
que brotarem da tua extraordinária mente,
por o teu e tão teu verdadeiro eu....






quarta-feira, 12 de maio de 2010

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Economia de Mercado de Uma Relação





Remoem-me mas não me mói, aloja-se mas não me entranha, interroga-me mas não me exclama, a façanha de uma vida de mão dada onde se troca a palavra prezada e mesmo assim alguém se exclua com o que é anterior ao eco e oferende as premissas selectivas do "Eu não faço isso...", sim correcto mas, mas.. eu não quero saber se tu o fazes, eu quero saber se nós o fazemos... "Eu não sou assim!" pois bem, e nós somos? "Não me fazes isto!", não fazemos isto a nós ou nós não o fazemos?
Pois bem numa economia de mercado, dirigi-me depois a uma reprografia e antes a uma empresa de Recursos Humanos, a pessoa para mim nunca será um numero mas passará a ser sempre apenas mais um gráfico e antes do laço da união vê-se o espaço de intercessão...aonde ambos fazem isto e não fazem aquilo e temos a relação que sempre se quis. À noite apaga-se a luz e se o momento for de criar pequenos curvas de Lorenz, apaga-se ainda mais a luz e de luz totalmente apagada, pede-se um silencio absoluto para se sonhar e com uma fantasia de ponta e de reza empírica escrita na mente, tenta-se recordar os mal falados pontos de não intercessão pois eles pertenciam a quem realmente nos fazia palpitar o coração...
Cabrão deste coração comunista, bem que podia parar de se consumir e passar a se prostituir por esta ou outra economia de cadência mais Liberalista!

Auto-referencialidade de um palavrão

A mente de ser o que não se tem por querer, deambula na amargura e num veneno que perdura, sob qual cada um deveria padecer da respectiva cura. Mas partilha é isso mesmo é o acto de nos pormos a jeito para apanhar, levar e não se dizer que não se está a gostar e sem a educação perdida desejar um; volte sempre e não um até qualquer dia!
Do que estou a falar? Do que tu queres ouvir! Não estaremos todos nós a ouvirmos sempre o que queremos falar. Mas mais interessante do que isso é o resquício castrador do preconceito e que quase tudo leva a eito, amarguras do ser e de quem tempo não têm e muito menos terá,lê meio texto, vê meio filme ouve meia conversa, toma meio registo mental e está pronto para tentar um bacanal na excursão ao proximo café, com a carteira em uma mão e uma bagagem de carne na outra puxando-a para o matadouro de mais uma vazia sedução. Vomita as notas mentais das tais frases sublinhadas, junta-lhes uns desdizeres bem seus e começa a sua busca de superficiais prazeres..neste teatro cheio de falsete, começa mais uma busca por um novo brilharete...
Ofereço-vos então meia linha, oferece-vos um cheiro de meia frase, meio sentimento e valor e meio para assim poderem galvanizados jogar a apanhada do parecer mas garanto-vos que dificilmente vos fará sentir o que é acontecer.
Porque o castrado do experimentar e impotente do sentir ao ouvirem um novo som de uma antiga arpa, vão reparando no cabelo da arpista que deveria ser loiro alpista, porque isso sim, de facto faria-a muito melhor artista...