Fotografei passos coloridos,nesta cidade perdida no tempo do preto e branco, enquanto cantavas sorrisos em verso, nestas ruas saídas da época de um cinema mudo.
Pela noite embalas a Cidade dos encontrões e dos fartos sermões, e ela fica deserta, enquanto a atravessas sem olhar para trás e prossegues com o teu cantar. Emolduraste-te no baloiço de um jardim, o sagrado local de frenesim dos não cépticos,os eternos incompreendidos mas à solidão nunca rendidos pois são eles que cantam ao luar e fazem este Mundo muito mais que simplesmente girar.
As ondas da Cidade salpicam me por atenção, a velha na janela da-te um sermão, os eléctricos reclamam por tradição mas fotos amareladas, sempre amarrotadas, demasiado degradas que não foram feitas sequer para estarem emolduradas são deitadas ao vento e ao som de um novo Fado, tú...
Roubas o travo a café de final de tarde e dizes que é teu,
Ofereces o sorriso perfumado a baunilha e dizes que é meu.
2 comentários:
finalmente está inspirado...
Personalidade já elas têm, dotadas de sentimento também acho que sim porque o comunicam...é, sem dúvida, Arte! Experimenta agora soltá-las, elas as palavras, cada letra uma a uma, deixá-las voar em liberdade para absorverem também o exterior, que pode parecer assustador, mas...não te preocupes, o interior construido dar-lhe-á um sentido, o seu próprio..., e a esse nada pode derrubar!
e...
chegar a ser um pedaço da tua folha de papel...
Um beijo
Filipa MARIA
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