segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Tú, Eu e Lisboa


Fotografei passos coloridos,nesta cidade perdida no tempo do preto e branco, enquanto cantavas sorrisos em verso, nestas ruas  saídas da época   de um cinema mudo.


Pela noite embalas a Cidade dos encontrões e dos fartos sermões, e ela fica deserta, enquanto a atravessas sem olhar para trás e prossegues com o teu cantar. Emolduraste-te no baloiço de um jardim, o sagrado local de frenesim dos não cépticos,os eternos incompreendidos mas à solidão nunca rendidos pois são eles que cantam ao luar e fazem este Mundo muito mais que simplesmente  girar.
 As ondas da Cidade salpicam me  por atenção, a velha na janela da-te um sermão, os eléctricos reclamam por tradição mas fotos amareladas, sempre amarrotadas, demasiado degradas que não foram feitas sequer para estarem emolduradas são deitadas ao vento e  ao som de um novo Fado, ...
Roubas o travo a café de final de tarde e dizes que é teu,
Ofereces o sorriso perfumado a baunilha e dizes que é meu. 
 
 

2 comentários:

Anónimo disse...

finalmente está inspirado...

Anónimo disse...

Personalidade já elas têm, dotadas de sentimento também acho que sim porque o comunicam...é, sem dúvida, Arte! Experimenta agora soltá-las, elas as palavras, cada letra uma a uma, deixá-las voar em liberdade para absorverem também o exterior, que pode parecer assustador, mas...não te preocupes, o interior construido dar-lhe-á um sentido, o seu próprio..., e a esse nada pode derrubar!

e...

chegar a ser um pedaço da tua folha de papel...

Um beijo
Filipa MARIA