quinta-feira, 25 de junho de 2009

Bandido





       Fui bandido desmascarado de mascarilha e caraça, 
com o intuído de  ser visto por quem queira e por quem passa.  
      Perversamente de cara subjugada ao desconforto do real, fui-me deixando ir ao sabor do relento e saboreando algum alento, até que quando dei por mim tinha sido encarcerado pelo desejo, preso pelo orgulho e  algemado pelo capricho.
      Rendido à nova morada, e até com alguma vaidade nesta nova indumentária.  Não tracei plano de fuga, bandido por coincidência de datas e horas, sem tempo para saber porque choras,  infringi a lei que manda a Vida;assino pois a minha confissão. 
      Mas a única confissão que um bandido confessa... 
é aquela que não interessa!...

2 comentários:

Filipa Do Arte disse...

és Zé do Telhado!

Zé Passarinho disse...

.. E não é que lá n fundo até não anda tão longe... sou filho de um capitão de bandidos, se pudesse dar o que roubei de certeza k o daria aos pobres.. como esse amigo de Camilo Castelo Branco....

ps- não sei se na peça que viste na Malaposta, mas ele morre com uma doença da moda... essa parte...obrigado, mas estou servido!