quinta-feira, 18 de março de 2010

Subliminar(mente) Companheiros



Esgoto-me no beco da noite
entrego-me à razão
de não haver razão
Não me embriago
mas bebo mas um trago
de uma cerveja que sobeja na minha mão
e me empurra sobre o caminho da solidão
Sozinho no pensar
acompanhado no desdenhar
não me embriago
mas bebo mais um trago
e assim tenha a certeza que
este pedaço de vida, não estrago.
Tudo me parece posto em local impreciso
se eu mandasse tudo seria mais conciso.
o amontoado era planado
e o vazio era acerbado.
Não haveria jardins na cidade
é que dela nem haveria necessidade
Não me embriago
mas bebo mais um trago
deste cálice de impuro vinho
servido por um homem mesquinho.
trauteio a música de um pintor
que largou a pureza da tela
e passou a cantar para ela
contorcionista no circo da dor
enjaulo o vicio do meu amor
Não me embriago
mas bebo mais um trago
com duas pedras de gelo nesta canção destilada
vais tu e vai o mundo corrido à estalada.
Filho de uma grande puta
deixou de ser sitio para uma nobre Luta.
Afro-premio Nobel despregado de um caixão
não é teu o filho que morre com o grito do canhão
Ora bem, entre mais moço ou menos moço,
Pede é uma mini que alguém te trará sempre o tremoço.
Bebo mais um trago
eu juro que não me embriago
com este ultimo gole de absinto
procuro pessoas que digam;"eu minto!"
Os sítios à minha volta saíram do vago
caio num sofá giratório e parece que cheguei e casa
juro que ter bons amigos é mais que mero golpe de asa.
Ligo então a caixa da estupidificação no canal da cimeira....
Espera lá, que afinal não sou o único com uma incrível bebedeira..


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