domingo, 12 de dezembro de 2010

Entardecem-nos antes de nos amanhecer



Corto-te a boca em sorrisos multiplico-os por mil e subtraio a soma de mais um, porque a minha conta da-me mil vezes tu com os noves fora e eu, fica o que com eu fico, a raiz quadrada do nenhum.
Mascaro a noite de dia e ponho-me de novo a multiplicar que o meu dia amanhece de tarde e entardece antes da manhã... e se eu entardeci antes de amanhecer, não foi por te conhecer nem por te perder, foi por ter aprendido a somar e por contar que a conta de adicionar não me subtraísse o que de mim veio e que de mim se foi...
Colo-te na parte de trás dos teus olhos o mapa do que de mim fugiu e que na minha mascara nunca sumiu... se o encontrares, perdido estou, no um que vezes mil nos traz um acrescente para lá de exactamente; mil e um!

1 comentário:

P. disse...

Quando o dia entardeceu
e o teu corpo tocou
num recanto do meu
uma dança acordou
e o sol apareceu...
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu